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“PL 122 é Lei de Privilégio”, diz Silas Malafaia em entrevista à Rádio Senado

 

Na rádio Senado, o Pastor Silas Malafaia, que organizou um protesto com mais de 50 mil pessoas nesta quarta-feira na frente do Congresso Nacional contra o PLC 122, falou em debate com o presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais “ABGLT” Toni Reis, que essa lei é ‘Lei do Privilégio.’

A questão girou em torno da questão da liberdade de expressão, que segundo Malafaia é restringida com o PLC 122, que criminaliza a discriminação contra os homossexuais.

Para combater a violência contra os homossexuais, o pastor afirmou que já existe uma “lei contra homofobia,” que é o código penal. Assim, ele colocou que se essa lei vale para um heterossexual vale também para um homossexual e que fazer uma lei em específico aos homossexuais seria um “privilégio.”

“Já existe uma lei da homofobia. Homofobia é uma pessoa doente que quer destruir, matar, bater, um homossexual. Isso já tem lei, tem o código penal. Então o que vale para um heterossexual, se apanhar se bater, vale também para um homossexual.”

Malafaia se apóia no que afirmou a presidente da República, Dilma Rousseff, de que a questão de preferências sexuais é uma questão individual e que o estado não tem autoridade para interferir. “Então, nós somos contra, isso é assunto unânime tanto entre evangélicos quanto entre católicos também.”

Assim ele reafirmou que a lei fere a constituição, dizendo “o PLC 122, é a lei do privilégio e essa lei fere princípios constitucionais que nem a emenda constitucional pode mudar.”

Segundo Toni Reis, a presidenta suspendeu o material “para ser estudado,” e que se trata de melhorar o material, inclusive por questão de “qualidade.” Ele enfatizou que ele teve “o prazer de apoiar a presidente,” e não querem privilégio.

 

“O que ela quer é um material que respeite tudo e todos. Nós não queremos privilégio nenhum,” disse ele, acrescentando que se reuniu com senadores para discutir o PLC 122, e chegaram a um consenso de que ninguém é a favor da violência.

 

O presidente da ABGLT alegou que há uma porcentagem de 40% dos meninos que fazem bullying nas escolas, segundo pesquisa da UNESCO.

 

Entretanto, Malafaia colocou a questão de outros grupos também sofrem pressão dentro das escolas, por exemplo, “os gordinhos, os magrinhos, os baixinhos e os altinhos.”

 

“Os gordinhos também sofrem algum tipo de pressão na escola entre os garotos, os magrinhos também sofrem bullying, os baixinhos também e os altinhos também. Agora vamos ter que verificar tudo,” disse ele.

 

Apontando para o que diz o projeto de lei contra a discriminação contra os homossexuais, Malafaia citou alguns pontos da proposta de lei que ferem a liberdade de expressão. Além disso, ele quis deixar que existe uma diferença entre “criticar conduta” e “discriminar pessoas.”

 

Ele diz que o artigo 16° parágrafo 5 da proposta de lei diz, “se um homossexual sofrer constrangimento de ordem vexatória, filosófica (2 a 5 anos de cadeia) se um homossexual se sentir ofendido. Entrentanto, a constituição no artigo 5 inciso 8, diz que ninguém pode ser privado do direito de crença, posição filosófica e política, como afirmou ele.

 

“Se um pastor ou um padre impedir a afetividade homossexual no pátio da Igreja, 2 a 5 anos de cadeia,” denunciou.

 

Segundo Reis os artigos que Malafaia apontou são da versão da PLC 122 de 2006, que isso já havia sido alterado e que o projeto de lei tem passado por três alterações. “Quero pedir para o Pastor Silas Malafaia baixar as armas. Isso que o Silas Malafaia falou é a primeira versão do PLC 122, não existe mais. Já nos convenceram sobre a posição filosófica das pessoas.”

 

Entretando, o Pastor Malafaia rebateu dizendo que o “pl 122 que foi ressuscitado por Marta Suplicy, os artigos que eu citei aqui que são os artigos 8, 4 e 16 parágrafo 5 continuam. O que a Marta tentou foi fazer uma emenda que a gente dá gargalhada.”

 

O presdiente da ABGLT insistiu que eles querem fazer tudo respeitando à dignidade humana, princípio da igualdade, justificando que foi assim que o Supremo Tribunal Federal deu unanimemente a vitória da união civil homossexual. Ele acrescentou ainda que eles estão com “os melhores juristas ao nosso lado, tem uma proposta de consenso de 80% dos parlamentares dentro do Senado.”

 

Ele afirmou ainda que “Nós somos favoráveis a liberdade de expressão” e declarando-se Cristão católico, Toni Reis apelou para o segundo mandamento da lei de Deus que diz “Amai-vos um ao outro… Nós não queremos guerra santa.”

 

Malafaia não se convenceu de seu clamor “bonito” e “politicamente correto” na imprensa, e disse “os grupos homossexuais por três vezes tentaram cassar a minha credencial de psicólogo porque eu como pastor preguei. Eles tentaram tirar o meu programa do ar que é 9h manhã e meio dia, dizendo que é impróprio.”

 

“Entre o discurso e a prática há uma diferença colosssal. é bonito o discurso, mas na prática eles não suportam a crítica,” concluiu o pastor.

 

Fonte: The Christian Post

 

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